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Análise Do Jogo

Bulletstorm
 


FPS é um dos géneros mais antigos que há data dos videojogos, já desde os seus primeiros passos com títulos mais antigos como Battlezone de 1980, até conseguir arranjar um estilo muito mais pessoal nos anos seguintes em jogos como Catacombs 3D ou até Wolfenstein 3D, dando uso a cenários 3D, e atingiu o seu expoente máximo em 1993 com o lançamento deDoom. Com a sua evolução, este género ganhou a notoriedade em possuir personagens principais com características muito “macho” e algo musculadas como é o caso do aparecimento de Duke, a personagem principal da franchise Duke Nukem, e com o passar do tempo o género fugiu um pouco deste tipo de personagens para algo mais sóbrio e sério como é o caso de Half-Life ou até Halo. Sendo assim, Bulletstorm da Epic Games é o regresso deste género deFPS, com uma personagem principal muito masculina e com uma língua muito aguçada!

Bulletstorm é um jogo da mesma equipa que trouxe jogos como Painkiller ou então a versãoPC de Gears of War, a equipa People Can Fly, juntamente com a Epic Games, e que conta a simples história de Grayson Hunt, ex-mercenário e líder de uma bando de soldados de nomeDead Echo que procuram vingança do seu líder, General Sarrano. Após várias missões a Dead Echo descobriu que andava a ser enganada no que toca à finalidade das suas missões, sendo que ao invés de andarem a matar pessoas perigosas e ameaçadoras para o bem estar de todos, assassinavam inocentes e todos aqueles que tentavam expô-los aos seus crimes. Perseguidos por mercenários e todo o género de caçadores de prémios, Grayson luta pela sobrevivência e vingança, e um dia descobre a nave pessoal do seu alvo principal, e após um combate com a mesma nave, acabam todos por aterrar de emergência no planeta Stygia.

Este jogo é sem dúvida fácil de pegar e jogar no qual a sua curva de aprendizagem é pouco acentuada se jogaram FPS desta geração como os últimos jogos da série Call of Duty, o recente Medal of Honor e afins, vão sentir-se em casa com a mecânica inserida no que toca à jogabilidade. Bulletstorm é pioneiro em trazer novos aspectos algo inovadores e divertidos para o género FPS como a adição de pequenos aspectos dentro das armas já incluídas.Bulletstorm é apologista de uma mentalidade que se chama “Kill With Skill”, ou seja, matar com habilidade, e que nos irá acompanhar durante o jogo todo, e para isso iremos dar uso a todo o género de ambientes, armas e afins, para eliminar os nossos inimigos com estilo e habilidade.

Bulletstorm é um FPS de raiz, mas em certas ocasiões tenta apostar noutro género de shooters como on-rails devido ao modo campanha. Para além de destruirmos tudo o que vemos à nossa frente, em certos momentos cruciais da história vamos ter “quick time events”, sejam eles para disparar sobre alguém ou algo, ou então para superar dificuldades como um desfiladeiro por uma corda. Vamos ter simples armas fictícias baseadas em armas reais como a Metralhadora, simples Pistolas até a Lança Granadas e Sniper. No início do jogo não iremos ter acesso a todas as armas, sendo que iremos apanhar todas as restantes no decorrer do modo campanha. Para todas estas armas pode ser adquirido um disparo secundário, e que para além de causar dano instantaneamente fatal ao nosso inimigo, necessita de uma concentração bem maior de quem o manuseia.

O ponto mais alto do jogo é o facto de, e como mencionei anteriormente, nos incentivarem a matar com habilidade, e para isso vamos apanhar no início do jogo um item muito útil de nome “Energy Leash”, que para além de funcionar como um chicote eléctrico que nos permite puxar um inimigo de uma distância considerável e deixá-lo suspenso em câmera lenta no ar, vai dar-nos a possibilidade de sermos remunerados com dinheiro próprio do jogo pelas mortes que iremos efectuar, para assim gastarmos em novos upgrades, munições, e ver também os vários tipos de mortes habilidosas que foram ou não executados.

Este género de mortes habilidosas em Bulletstorm chama-se “Skillshot”, e irá dar-nos todo o divertimento e remuneração neste jogo. Sendo assim, Bulletstorm não é apenas furar caminho com a nossa arma, vamos ter que usar a nossa imaginação para ganhar uma maior pontuação com cada morte. Todo o género de combinações são válidas, desde puxar um inimigo com o “Enemy Leash”, pontapeá-lo e a seguir disparar, até a habilidades mais complexas como puxar um inimigo com o “Enemy Leash” e deixá-lo suspenso no ar, matar um outro inimigo, e ainda no ar, matar o inimigo que foi puxado pelo chicote, e para isso basta vermos a lista de todo o tipo de “Skillshots” possíveis, e sempre que apanharmos uma arma nova ou comprarmos um novo upgrade, novos “Skillshots” são desbloqueados para usarmos.

O jogo não irá deixar-nos com esta mesma mecânica sempre, e de acordo com a situação no modo campanha vamos poder eliminar inimigos de várias maneiras. Em certas alturas vamos poder usar armas de grande poder bélico como metralhadores enormes em certas zonas, até usar um monstro enorme de nome “Mechaton”. Este “Mechaton” é um inimigo que iremos tomar controlo a certo momento na campanha, e oferece um grande momento ao jogo, sendo assim vamos ter um comando remoto com um laser embutido, e que funciona como mira para apontar o destino do “Mechaton”, ou então para usar o seu poder bélico frente ao alvo escolhido. Para além destas novas armas, vamos poder usar o ambiente envolvente para eliminar os nossos inimigos, desde cactos, estruturas electrificadas, ou até enviar os inimigos por falésias abaixo, tudo isto em prol de uma pontuação elevada.

A apresentação em Bulletstorm completa muito bem a experiência, mas graficamente podia estar com uma maior qualidade. Em termos gráficos, Bulletstorm é em geral um jogo bem colorido e vivo, e os níveis encontram-se bem construídos e detalhados onde a repetição não é sinónimo neste departamento, mas infelizmente a qualidade do grafismo podia ter sido um pouco mais polida. A sonoplastia enfatiza o ar mais adulto deste jogo com uma actuação de voz muito bem conseguida, e todo o género de conversa assenta num constante uso dos típicos palavrões, com muita asneira a ser usada em cada frase. Este tipo de vocabulário assenta com as atitudes e comportamentos muito masculinas das personagens. A música encaixa bem no jogo, mas passa um pouco despercebida pela constante acção visual que nos é apresentada, o que requer um grande quantidade de concentração.

Para além do modo Campanha vão ter também dois modos para desfrutar em Bulletstorm, um de nome Echoes e outro de nome AnarchyEchoes é basicamente um modo bem ao género “Score Attack” e que irá dar-nos a oportunidade de reviver as partes mais frenéticas do jogo num tempo limitado, e assim conseguir um maior número de pontuação, pontuação este que depois fica exposta num leaderboard online. Para fugir um pouco aos modos tradicionais de Multiplayer, Bulletstorm criou, e inteligentemente, o modo Anarchy que junta 2 ou mais jogadores dentro de vários cenários alusivos ao modo campanha, num modo algo semelhante ao modo "Horde" de Gears of War 2, em que os inimigos vão chegando em vagas, e que coloca os jogadores em questão a lutar individualmente por uma pontuação maior que a dos seus adversários, e para isso vão ter que novamente dar uso ao tema “matar com habilidade”, e então decidir cautelosamente como matar um inimigo por forma a retirar o máximo de pontuação que ele poderá oferecer.

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