Análise Do Jogo ( 2 )
Bioshock 2
Aquando o lançamento de Bioshock 2 a produtora 2K Marin provou que ainda há histórias que merecem ser contadas em Rapture. Agora, com o lançamento de BioShock 2: Minerva’s Den (o primeiroDLC dedicado à experiência single-player), ficam bem claras as possibilidades que a cidade subaquática ainda encerra.
Ao contrário do que acontecia em Bioshock 2, onde vestíamos a pele do Big Daddy original, Subject Delta, desta vez controlamos o Subject Sigma(também ele um Big Daddy) cujo objectivo é ajudar a Dra. Tenenbaum a escapar da cidade chegando ao The Thinker, a máquina principal da nova zona: Minerva’s Den. Esta parte da cidade tem, tal como todas as outras, uma função muito específica, a de controlar tudo o que seja computorizado, ou seja, esta é a zona mais importante da cidade pois para além de manter as câmaras de vigilâncias e guardas mecânicos alerta ainda mantém a produção de electricidade, essencial para que a cidade não seja esmagada por toneladas de água.
Apesar do sentimento de solidão (e que aqui é, de certa forma, relegado para segundo plano) que é marca da série somos seguidos pelo olhar atento de duas novas personagens: Charles Milton Porter e Reed Wahl. Mesmo que apenas figurem neste DLC, os inimigos Porter e Wahlsão duas personagens muito carismáticas e Porter consegue mesmo ser das mais interessantes da série.
![]() |
Mesmo que seja umDLC, BioShock 2: Minerva’s Den joga-se tal e qual como os outros Bioshock’s. Continuam a ter uma aventura linear onde, pelo caminho, podem explorar todas as salas e corredores á procura de munições, itens de cura e vários tónicos. Tratando-se de uma zona de Rapture com bastantes computadores grande parte dos Splicers fazem-se acompanhar por bots voadores pelo que é necessário ter-se um cuidado extra. De regresso estão também as Little Sisters que tanto poderão adoptar e salvar como matar, tudo em troca de ADAM, precioso para comprar e melhorar atributos, plasmids e tónicos. Juntamente com as Little Sisters estão os Big Daddys e as Big Sisters, ambos inimigos poderosos quer requerem estratégia com o uso das plamids e armas à disposição.
Quantos às armas propriamente ditas podem encontrar-se com frequência já com atributos melhorados uma vez que o tipo de máquinas com que se as melhorava (existentes nos títulos anteriores) estão totalmente ausentes devido à longevidade do DLC. Todos os inimigos já citados aparecem com grande regularidade (em especial os Splicers e os Brutes) pelo que raramente terão momentos mortos, contudo, ao contrário do que acontecia no anterior, oSubject Sigma parece-se mais com um Big Daddy pela sua grande resistência, ou seja, os inimigos fazem menos dano à nossa personagem. No entanto ainda é preciso estar bem munido de First Aid Kits e Eve Hypos até porque há mais dinheiro escondido pelo cenário.
![]() |
Como já vem a ser hábito, a progressão na história faz-se através de conversas de rádio e da descoberta de gravações deixadas pelos antigos cidadãos de Rapture pelo que continuam a ser abundantes e a ser conveniente ouvir o maior número de modo a que se tenha uma total compreensão da narrativa. No departamento sonoro, BioShock 2: Minerva’s Den não fica atrás dos outros jogos da série. O desempenho vocal dos actores não desilude, a banda sonora da época dá o ambiente insólito a um jogo do género mas adequado ao que os fãs se habituaram e os ruídos de máquinas, Splicers e Big Daddys estão todos excepcionalmente reproduzidos.
Já no que respeita a gráficos, apesar de não impressionarem, também não se distanciam do que foi feito anteriormente na série. Os efeitos de água e das plasmids continuam bem renderizados mas as texturas começam a mostrar a sua idade pelo que mereciam uma actualização. Apesar disto tudo está devidamente trabalhado pelo que o único problema a acrescentar é a repetitividade dos cenários (salas repletas de computadores e máquinas), o que é facilmente desculpável por ser uma zona temática.
![]() |
A melhor maneira de pensar emMinerva’s Den é encará-lo como um Bioshock em ponto pequeno, ou seja, com menos longevidade. Mesmo que tenha praticamente todos os elementos característicos da série isso não faz um jogo por si só pelo que podem contar com cerca de 5 horas de duração. Durante a progressão do jogo a narrativa evolui organicamente com desenvolvimentos espaçados que beneficiam a revelação final mas os encontros com inimigos surgem, como já referi, muito mais frequentemente do que acontecia anteriormente o que confere ao jogo um ritmo muito mais acelerado do que é normal na série. Todavia, este facto não é prejudicial à experiência uma vez que elimina momentos mortos que nem sempre são do agrado dos jogadores.
![]() |
BioShock 2: Minerva’s Den é, como já disse, o primeiroDLC em toda a série com foco na experiência single-player e apresenta uma história consistente, personagens carismáticas,elementos característicos da série, acrescenta armas, tónicos e plasmids e ainda dá a conhecer uma zona totalmente nova da misteriosa cidade subaquática. Tudo mais-valias para quem ainda se sente atraído por Rapture.

Excelente